O corpo humano possui mecanismos automáticos de defesa que atuam tanto em situações de frio intenso quanto em episódios de medo. Segundo o urologista Lawrence Aseba Tipo, entre esses mecanismos estão os tremores, respostas involuntárias que desempenham papéis importantes para a nossa sobrevivência. Interessado em saber mais? Pensando nisso, continue a leitura e descubra como os tremores se relacionam com o controle térmico e com a liberação de adrenalina em momentos de tensão.
O que são os tremores e por que o corpo os produz? Entenda com Lawrence Aseba Tipo
Os tremores são movimentos musculares rápidos e repetitivos que o corpo gera de forma involuntária. Eles podem surgir em situações diversas, como quando a temperatura ambiente está muito baixa ou em momentos de estresse emocional. No frio, esse processo ajuda a produzir calor por meio da contração muscular, como pontua Lawrence Aseba, médico cirurgião urologista e professor da residência médica de Urologia do Hospital Estadual de Vila Alpina.

Já em situações de medo, os tremores estão ligados à resposta do sistema nervoso, que prepara o corpo para reagir a um possível perigo. Esses episódios são uma demonstração da inteligência biológica do corpo humano. Assim sendo, o organismo, em questão de segundos, ativa mecanismos de defesa que podem ser decisivos para manter a integridade física.
Como a adrenalina influencia os tremores?
A adrenalina é um hormônio liberado em momentos de estresse, susto ou medo. Desse modo, quando o corpo interpreta uma situação como ameaça, o sistema nervoso simpático é ativado, desencadeando o que chamamos de reação de luta ou fuga. De acordo com Lawrence Aseba Tipo, essa descarga hormonal acelera os batimentos cardíacos, aumenta a respiração e pode provocar tremores.
Isto posto, essa resposta é essencial para preparar o corpo a agir rapidamente. Assim sendo, os tremores nesse contexto não estão relacionados ao frio, mas ao excesso de energia liberada pelo organismo em segundos. Trata-se de um reflexo da preparação física para enfrentar ou escapar de uma situação considerada arriscada.
Quais mecanismos estão envolvidos no controle térmico?
Quando a temperatura externa cai, o corpo precisa manter estável sua temperatura interna, em torno de 36,5°C a 37°C. Para isso, ativa respostas automáticas como a vasoconstrição e os tremores musculares. Enquanto a vasoconstrição reduz a perda de calor, os tremores geram calor a partir da atividade muscular.
Conforme expõe o médico urologista Lawrence Aseba, essa estratégia é fundamental para evitar a hipotermia em ambientes frios. Desse modo, mesmo sem perceber, o corpo está trabalhando de maneira intensa para equilibrar suas funções e preservar a saúde. Ou seja, essa é uma reação comum e necessária, que pode se intensificar em pessoas mais sensíveis ao frio.
Quando os tremores indicam um problema de saúde?
Contudo, embora os tremores sejam naturais em situações de frio ou medo, eles podem, em alguns casos, indicar condições médicas que precisam de avaliação. Uma vez que doenças neurológicas, distúrbios metabólicos ou efeitos de medicamentos podem estar associados a episódios persistentes de tremores, como ressalta Lawrence Aseba Tipo. Isto posto, entre as situações que merecem atenção médica estão:
- tremores que aparecem sem causa aparente;
- episódios frequentes que atrapalham atividades do dia a dia;
- associação com outros sintomas, como fraqueza, tontura ou perda de sensibilidade.
Nesses casos, a orientação é procurar atendimento médico para uma investigação detalhada. Isso permite diferenciar um reflexo natural de um possível quadro patológico.
Tremores: um sinal do corpo que merece atenção
Em última análise, os tremores fazem parte da fisiologia humana e refletem a forma como o corpo se protege em diferentes situações. Na maioria das vezes, são respostas naturais, mas também podem ser um alerta de que algo não está bem. Logo, observar sua frequência e intensidade é essencial para diferenciar o normal do patológico. Porém, além de confiar nos mecanismos do organismo, é importante contar com a orientação de profissionais de saúde para manter a tranquilidade e o bem-estar.
Autor: Pyppe Tand