Segundo o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a relação entre dívida pública e crescimento sustentável tem sido tema constante de debates entre economistas, gestores públicos e formuladores de políticas econômicas. À medida que países enfrentam desafios como crises fiscais, mudanças climáticas e desigualdades sociais, torna-se essencial compreender como o endividamento do Estado pode afetar, positiva ou negativamente, a trajetória de um crescimento duradouro.
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Como a relação entre dívida pública e crescimento sustentável impacta a economia de um país?
A relação entre dívida pública e crescimento sustentável impacta diretamente a capacidade de investimento dos governos e a confiança dos mercados. Um nível saudável de endividamento permite que o Estado financie projetos estruturantes, como obras de infraestrutura, transição energética e políticas sociais, que impulsionam o crescimento a longo prazo. No entanto, como explica Fernando Trabach Filho, quando a dívida ultrapassa limites considerados sustentáveis, há o risco de aumento nos juros, perda de credibilidade e retração nos investimentos privados.

Além disso, uma dívida pública mal gerida pode forçar cortes em áreas essenciais, como saúde e educação, prejudicando o capital humano e as bases do desenvolvimento sustentável. A alocação eficiente dos recursos arrecadados é, portanto, um fator decisivo para garantir que o endividamento gere retornos sociais e econômicos relevantes. A boa governança fiscal, associada à transparência e ao controle de gastos, fortalece a confiança interna e externa e contribui para a estabilidade macroeconômica.
Por outro lado, políticas de austeridade severas, adotadas para conter a dívida pública, podem ter efeitos colaterais nocivos ao crescimento sustentável. A redução abrupta de investimentos públicos pode desaquecer a economia, aumentar o desemprego e ampliar desigualdades. Por isso, o desafio está em encontrar um ponto de equilíbrio entre responsabilidade fiscal e estímulo ao desenvolvimento, assegurando que o país avance de forma sólida e inclusiva.
Quais estratégias podem alinhar a gestão da dívida pública com o crescimento sustentável?
De acordo com o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, uma das principais estratégias para alinhar a relação entre dívida pública e crescimento sustentável é o planejamento fiscal de longo prazo, com metas claras de resultado primário, controle de gastos e incentivos a investimentos produtivos. Isso significa priorizar despesas que gerem retorno econômico e social, como infraestrutura verde, inovação tecnológica e capacitação da mão de obra, ao invés de gastos correntes pouco eficientes.
Outra medida relevante é diversificar as fontes de financiamento do Estado, buscando captar recursos de forma mais barata e sustentável. Emissões de títulos públicos atrelados a metas ambientais, os chamados “títulos verdes”, são um exemplo de como a dívida pública pode ser orientada para o crescimento sustentável. Esses instrumentos atraem investidores comprometidos com critérios ESG e incentivam políticas públicas voltadas à sustentabilidade.
Qual o papel das instituições na gestão responsável da dívida pública?
As instituições desempenham papel central na condução da relação entre dívida pública e crescimento sustentável, pois são responsáveis por formular e implementar as políticas econômicas que afetam diretamente o equilíbrio fiscal. Bancos centrais, tribunais de contas, ministérios da fazenda e órgãos legislativos precisam atuar de forma coordenada, técnica e transparente para garantir a sustentabilidade da dívida sem comprometer o desenvolvimento.
Um exemplo importante é a atuação dos tribunais de contas na fiscalização dos gastos públicos. Conforme Fernando Trabach Filho, esses órgãos asseguram que os recursos provenientes da dívida estejam sendo aplicados de maneira eficiente e dentro dos limites legais, coibindo desvios e promovendo uma gestão fiscal mais responsável. Já o papel do legislativo é fundamental na aprovação de leis que estabeleçam limites para o endividamento e criem mecanismos de controle e avaliação de políticas públicas.
Autor: Pyppe Tand